Revista Standart: tudo sobre a revista que é referência no mundo do café
- Isabela G
- 13 de jan. de 2022
- 4 min de leitura

Durante o ano de 2021 até o momento, estou tendo a experiência de assinar essa revista estrangeira que é referência no mundo do café de especialidade. Na realidade, fui apenas descobrir que a revista existe justamente em 2021. Nesse post irei comentar como ela é e a experiência de fazer assinatura de uma revista do exterior.
Como funciona a assinatura e quanto custa?
Para assinar a revista basta acessar o site e ter em mãos um cartão de crédito que permita compras internacionais.
Existem algumas opções de assinatura. Eu optei pela de um ano (U$69), pois o preço para quem mora aqui no Brasil não é nada camarada devido à cotação do dólar. Eu também não sabia se a revista iria chegar (é sempre um risco com compras internacionais que vale ser considerado). Uma das edições foi parada na alfândega e teve uma entrega muito demorada.

A Standart é uma revista trimestral, ou seja, são quatro edições por ano. Cada edição possui mais de 100 páginas, então se você for lendo devagar pode ser que nem sinta esse intervalo tão grande de meses entre as edições. De fato, para mim a revista mais parece um livro do que uma revista.
Se você se preocupa com o impacto ambiental de importar algo assim, esse ano a Standart se tornou carbono neutra (então todo o rolê descrito abaixo de torrar o café em um país e enviá-lo para outro é compensado pela empresa).
Amostra de café
Um dos maiores atrativos da Standart para mim é o fato de cada edição da revista acompanhar uma amostra (de aproximadamente 40g) de cafés estrangeiros torrados por torrefações renomadas do mundo.
Mas por que isso é um atrativo?
Já parou para pensar como é difícil encontrar cafés especiais de outros países por aqui?
Se você ainda não sabe, no Brasil é apenas permitido a importação de café do exterior que já esteja torrado, o que torna ter em mãos cafés de outros países muito difícil, pois geralmente chegam aqui com uma torra mais velha e/ou com um preço mais alto. Essa medida existe para salvaguardar o preço do café que o Brasil exporta e também para evitar possíveis pragas que venham junto com o café verde (e no Brasil, além de termos uma das maiores produções mundiais de café cru, já temos mais do que o suficiente de pragas para lidar...)
Amostras que já recebi
As amostras que recebi até hoje foram (lembrando que até agora todas foram de torra clara, muito apreciada no exterior):
SEY Coffee Roasters

Torrefação do Brooklyn que enviou uma amostra de café Etíope "landrace", ou seja, é um café conhecido como "heirloom", que significa um blend de cafés selvagens da Etiópia. Esse café tinha sabor de frutas roxas, cural e um cheiro diferentão! Um destaque dessa amostra para mim foi a embalagem: o café veio dentro de uma espécie de caixinha a qual você abre e está CHEIA de informações sobre o café, região, produtores, impacto ambiental, etc. Eu nunca recebi um café com tanta informação na minha vida. Fiquei impressionada!
The Barn (Berlin)
Estava empolgadíssima para provar a amostra deles, pois é uma torrefação de muito renome na Europa e tenho muita admiração por todo o trabalho que eles fazem. A amostra era de um café boliviano, de Yungas (a região da famigerada "estrada da morte"). Infelizmente, a amostra chegou com dois meses e era de um café bem achocolatado. Por esses motivos, não achei um café muito diferenciado.
Lot61

Torrefação de Amsterdam que enviou também uma amostra Etíope, mas da variedade de nome engraçado Laayyoo. Esse café tinha um sabor delicioso de manga! No descritivo também havia 'groselha", mas senti apenas a manga. Cafés de qualidade duram mais tempo após a torra, mas por chegarem aqui com uns dois meses de torra, acabam perdendo algum sabor ou outro. Ademais, sensorial é sempre subjetivo!
Sobre a revista em si
Conteúdo
O conteúdo das edições é sempre intrigante e fico empolgada para ler, uma vez que parece que estou lendo um livro e não uma revista como já mencionei antes. Os artigos são bem variados dentro da temática do café e os autores também. Muitas pessoas renomadas como Scott Rao, mas muitas outras pessoas fascinantes do mundo do café que fui conhecer através da Standart.
Design

Um ponto muito forte da Standart é o design, e é um dos maiores atrativos para mim, já que amo tudo que envolve design e estética. As edições nunca são iguais e sempre me surpreendem. Considero essas revistas obras de arte. Até as mantenho na minha mesa de centro junto do livro do James Hoffmann.
Cartão Postal

Ainda mais uma coisa muito bacana dessa revista é que em cada edição, além da amostra de café, vem um cartão postal de design super legal. Confesso que até agora fiquei com dó de enviar um desses cartões, mesmo sendo adepta do envio de cartões postais. Por enquanto vão ficar guardados na minha caixa de souvenirs cafeinados.
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