Diário do São Paulo Coffee Festival

Isabela G
11 de dez. de 2023
5 min de leitura

Nesse post irei contar sobre minha ida ao São Paulo Coffee Festival em junho de 2023. O evento une diversas cafeterias, torrefações, lojas, workshops e palestras e ocorreu ao longo de um final de semana.

Contexto da minha visita ao São Paulo Coffee Festival

A minha ideia inicial era gravar um vlog sobre o evento para o Youtube, porém eu havia ido para São Paulo também para um evento de música eletrônica: ou seja, acordei às quatro da manhã da madrugada anterior após não ter dormido direito na estrada por ter ido de ônibus. Meu cansaço era grande e sobrevivi na base de power naps. No dia do SPCF eu tinha inclusive desistido de ir, mas achei que poderia me arrepender. Coloquei uma roupa, enfrentei o calor de São Paulo após sair da fria Curitiba e para o evento fui.

Chegando lá

O evento aconteceu na Bienal de São Paulo que fica dentro do Parque Ibirapuera. Se você nunca foi para lá, já digo que o lugar é enorme! Após uma caminhada razoável desejando muito um café, entrei no evento e me deparei com um mar de gente. Estava realmente muito lotado, mas mantive a calma e bolei um "plano de ataque" para aquela única tarde que estaria ali. Primeiro dei uma rápida andada pelo espaço inteiro e depois comecei a focar em stands que queria visitar. Infelizmente, não pude ir para a oficina de torra da Nescafé para torrar café etíope por conta do horário que consegui chegar lá (perto das 15h da tarde).

Em meio a esse mini caos, decidi apenas pegar meu microfone e gravar alguns vídeos do evento para meu Instagram.

Um dos primeiros espaços que eu vi foi o do Coffee Lab, uma das primeiras cafeterias de especialidade do Brasil que fica em São Paulo. É da Isabela Raposeiras e ela estava lá. Peguei um sorvete de leite deles que estava sensacional e valeu o custo mais alto (se não me engano era entre 16 e 20 reais). Bem refrescante e leve. Nesse trajeto quase dei de cara com o Lucas Lima que estava rodeado de pessoas e tentando bater um papo com a minha xará.

Sorvete Coffee Lab em São Paulo — Sorvete de leitinho do Coffee Lab

Primeiro café - Naveia

Comprei minha água, já que hidratação importa muito em um ambiente quente e no qual chove cafeína. Fiquei com medo de tomar café devido ao meu cansaço (para quem não sabe, amo café, mas posso ser um tanto sensível à cafeína), mas acho que meu corpo estava funcionando na inércia, e quando comecei a provar cafés e tomar outros inteiros, vi que não estava dando ruim e só fui tomando mais café. O primeiro gole que bebi me reviveu! Sem contar que estava maravilhoso. Foi no espaço da Naveia. Gosto muito de cafés com leites vegetais, pois quando o leite é bem vaporizado, complementa muito o café e o torna mais leve. Vi que tinha muita gente nessa fila e que havia máquina de espresso da La Marzocco além do Tiago, campeão brasileiro de Latte Art que sei que prepara um café sensacional.

Jurada de mini-campeonato instantâneo de Latte Art

Quando passava novamente perto desse stand da Naveia, me chamaram para julgar alguns cafés que visitantes do evento estavam preparando na hora, como um mini TNT. Nisso eu ganhei mais um café, mas como já era mais no final do dia, não tive como tomar tudo.

King Cafés

Eles também estavam na minha lista de torrefações para conhecer. Conversei um tempão com as meninas lá, tirei fotos, fiz vídeos do espaço e escolhi um café com aroma de pêssego para levar para casa. Provei um gesha feito na Bunn que estava uma delícia. O café que comprei deles foi dos que comprei no evento o meu favorito. Recomendo a torrefação.

Outros cafés que provei

Café orgânico da Unique cafés. Tinha bastante curiosidade de provar o café deles, pois são uma torrefação referência de Minas Gerais. Eu provei o café orgânico preparado na V60. Achei o café bom, mas vejo mais como um café de entrada no mundo dos cafés especiais dado o seu perfil.
Café do Bogo Café. Acho que provei um blend deles no espresso A proposta pelo o que me contaram não é de ser um café especial desses super diferentões, mas sim um café especial mais acessível em termos de perfil de sabor, e também preço, para quem entra no mundo do café especial.

Outros cafés que comprei e ganhei

Academia do café: quis comprar um lote limitado, mas tinha acabado, então comprei um outro com notas de nozes e frutas amarelas. O café não me surpreendeu, mas era um café bom que me lembro que se saiu muito bem na Aeropress.
Amostra da fazenda Mantissa: já conhecia essa fazenda por causa do The Good Coffee Roasters, então fui lá conversar e ganhei uma amostra. O café deles é um café mais "forte", de personalidade em termos de sabor, mas no bom sentido. É um café que já comprei várias vezes, pois gosto muito.
No espaço da Orfeu havia um quizz sobre café para ganhar um kit e eu competitiva do jeito que sou, tive que ir. Acertei tudo (ufa) e ganhei um kit de drips.

Drip coffee café Orfeu — Caixa de drip coffees que ganhei no stand da Orfeu

Outras coisas que vi no evento

Assisti a alguns pedaços de um workshop de drinks e de uma oficina de latte art na qual as pessoas tiravam seu espresso e tentavam latte art ali na hora com instrução de um barista.

Encontrei alguns rostos familiares no evento, como do pessoal da Royalty de Curitiba. De resto, era eu por minha conta mesmo.

O bacana do evento não é só conhecer pessoas, comprar e provar cafés e outros acessórios, mas também ver novidades do mercado e babar em diversas máquinas de espresso de marcas como Rocket Espresso e Faema. Uma coisa muito interessante que vi lá e que fiquei intrigada para testar é o primeiro moedor elétrico do Brasil, o Hiro. Ele custa em torno dos 1000 reais, é portátil e vem em diversas cores.

Comidas

Fiquei horas andando pelo evento descobrindo e explorando os cantinhos e stands. E isso dá fome! Cheguei até a jantar um lámen muito gostoso lá, pois havia uma praça de alimentação super aconchegante de food trucks com alguns lugares muito bons de São Paulo como Z Deli e Pizza da Mooca.

O que achei do evento de forma geral

Acho que vale muito a pena ir em um desses eventos uma vez na vida se você curte café! É bem divertido, mesmo indo sozinho como eu fui. Esse ano o espaço foi maior e quase não parei. O ideal é ir em mais de um dia e poder fazer mais atividades como participar das oficinas e andar com mais calma. Fico imaginando com é ir na SIC! Meu único arrependimento foi mesmo não ter participado da oficina da torra e ter passado meio reto pelo espaço da Tal da Castanha que estava vendendo uma bolsa exclusiva para café e equipamentos. De resto curti muito e fiquei feliz que decidi ir.

São Paulo é uma cidade cheia de cafeterias e torrefações boas, então só por isso já vale muito uma visita à cidade. Infelizmente minha ida foi super rápida, apenas um final de semana, então mal consegui fazer esse tipo de passeio. Eu apenas fui na Casaría almoçar e comi o melhor pain au chocolat do mundo e passei (literalmente passei) no King of the Fork para comprar um pacote de café. Deveria ter comprado um mais impactante, pois apesar de ter gostado do 'Waffle de Morango' que comprei, fiquei desejando mais e fiquei na vontade de tomar um café na cefeteria.